É um bom jogo, esse. Está dando pra ver um dos caras na foto, não é? Mas existem três deles. Dá pra encontrar, na lata, primeira olhadinha? Sem ter de examinar com algum cuidado? Experimente e, depois, conte aqui para o redator: difícil de acreditar, não é? A foto foi publicada na capa do “Jornal da Infantaria”, de fevereiro de 1944, e mostra três snipers durante testes com padrões disruptivos de camuflagem, em um campo de provas do Exército dos EUA, em Nevada. O exército norte-americano tomou contato com a camuflagem através dos alemães, que, no início da guerra, já a utilizavam de forma mais-ou-menos generalizada. Peças de uniforme e de equipamento (como, por exemplo, os Zeltbahnen, ponchos que podiam ser usados como tendas) nos padrões *Splittermuster (“padrão lascado”) e *Sumpfmuster (“padrão-pântano”) remontavam a 1931 e foram adotados em 1932 tanto pelo exército quanto pela infantaria da Luftwaffe. Conforme a guerra avançava, a disseminação de tecidos sintéticos na confecção de uniformes e peças de equipamento em tecido tornou ainda mais comuns os padrões de camuflagem. A questão é que os norte-americanos não simpatizavam com os padrões camuflados, e só a contragosto resolveram avaliar padrões disruptivos. Em 1942, o Exército dos EUA distribuiu um uniforme camuflado reversível, para uso nas selvas do Teatro do Pacífico: um dos lados tinha um padrão de formas irregulares arredondadas, em tons predominantemente verdes, o outro, em tons de marrom. Segundo fontes da época, o padrão marrom reproduzia o traje geralmente usado por caçadores de patos, e foi chamado, por este motivo Duck Pattern. Os fuzileiros navais, que também receberam o traje, não o avaliaram bem. Relatórios apontavam que o padrão era muito eficaz para indivíduos estáticos, mas tinha efeito contrário quando usado em movimento. O Exército logo desistiu do uso de tais uniformes; os fuzileiros o mantiveram para a cobertura de capacete, que se tornou bastante característico do uniforme do USMC na 2a GM. É provável que a avaliação de campanha dos padrões camuflados tenha levado a testes de padrões como os da foto. Em campanha, o uniforme verde-oliva predominou até a Guerra do Vietnam, quando os padrôes camuflados começaram a ser adotados de forma mais ampla, primeiro por forças especiais, depois pela infantaria.::
Camuflagem
Uma moça (em uniforme) às Terças::
Reserva do Exército da Bélgica em treinamento. É estranho que uma lourinha tão bonitinha (bem, o redator supõe que seja loura e seja bonitinha – vamos dar um desconto à imaginação…) tenha exagerado desse jeito na maquiagem, mas, acreditem – faz sentido. Certo que os belgas sempre gostaram de padrões de camuflagem esquisitos – notem a cobertura do capacete e a jaqueta da gracinha. Trata-se de um padrão local belga, disruptivo, denominado pelo Índice Internacional de Padrões de Camuflagem de jigsaw puzzle pattern m/56 (em português, “padrão quebra-cabeça” – notem que parece mesmo um quebra-cabeças). Mas de lascar mesmo é a maquiagem da lourinha… Maquiagem?.. Não deixa de ser, embora os milicos a tratem por “tinta facial“. É uma espécie de pasta a prova d´água, neutra, sem odor e hipo-alergênica, desenvolvida a partir dos anos 1960 pelo Centro de Pesquisas Médicas e Comando de Material do Exército dos EUA, em Fort Detrick, Maryland, em conjunto com o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia de Sistemas para Soldados do Exército dos EUA, em Natick, Massachussets. Essa pasta, disponível em tons de verde, marrom e branco, destina-se a minimizar o brilho natural da pele. É muito usada entre membros de forças especiais e forças de elite e ultimamente se tornou moda também entre artistas de vanguarda e praticantes de luta-livre… Como disse o redator, faz sentido…::
Um rapaz (das Forças Especiais)às Terças::Forças Especiais do Exército Brasileiro::
Integrantes do 1 ° Batalhão de Forças Especiais do Exército Brasileiro. Em primeiro plano, um atirador de escol, vestindo “traje Ghillie“, carrega um Fuzil M964 7,62 dotado de mira telescópica OIP Belgio 3X6 (p´ra lá de obsoleta…). Em segundo plano, elementos de Forças de infiltração portam o modelo-padrão. O FAL é uma boa arma para atiradores de escol (snipers, em inglês), devido à potência do cartucho e ao peso da arma, que a torna bastante estável durante o disparo. Como disse o leitor “Anônimo”, um dos famosos sete (contadinhos…) os “cabôco” usam o padrão chamado Ragged Leaf Lizard Pattern, disruptivo de três cores: verde-escuro e castanho sobre fundo verde-claro. Apesar do nome (também aparece como Brazilian Army Lizard Pattern, segundo a terminologia adotada pelo International Camouflage Pattern Index), esse padrão foi desenvolvido por aqui mesmo, nos anos 1980, baseado no padrão M63 usado na Africa pelo exército colonial português. É considerado excelente para combate em ambiente tropical. Esses uniformes deixam no leigo incauto (como boa parte dos jornalistas da imprensa diária…) a impressão de desbotados, o que indicaria a indigência em que vivem as FA nacionais. É apenas parcialmente correto, e vale esclarecer que a aparência é proposital. O padrão busca inclusive simular o brilho provocado pelo excesso de luz característico das regiões equatoriais::
Uma moça (de uniforme) às Segundas::
Membro das Forças de Deslocamento Rápido, Forças Canadenses (gostaria de saber exatamente de que ela está rindo…)
Um rapaz (das Forças Especiais) às Terças::Todo mundo ama um atirador de escol::
Pelo menos é o que parece, em função do interesse que os (poucos ) cometadores aqui do causa:: demonstram ter pelo assunto…
Dois militares da Força Aérea dos EUA demonstram a “posição de amigo para atiradores de escol”. Os dois são membros do 506º Esquadrão de Segurança das Forças Expedicionárias, estacionado na Base Aérea de Kirkuk, Iraque. Essa instalação aloja uma “equipe de engajamento aproximado de precisão”, composta por atiradores de escol da Força Aérea. Esses caras são especialista em “ações anti-sniper”, que buscam “anular” (ou seja, “matar”, na língua dos não-militares) atiradores terroristas que ataquem forças dos EUA ou da coalizão. Cada base aérea dos EUA no Iraque aloja uma equipe dessas, geralmente composta por seis grupos. O número de atiradores de escol (jargão do Exército Brasileiro, claro) empenhado no Iraque é, proporcionalmente, muito maior do que o empenhado na 2a GM – tentem adivinhar o porquê… A arma é um rifle M24SWS (Sniper Weapon System), versão militar do rifle esportivo Remington, cal. 7.62X51 NATO. Essa arma já foi retirada do inventário do Exército dos EUA, mas continua muito popular, devido ao peso, considerado relativamente baixo (5,571 quilos, descarregado, sem o telescópio). A munição 7.62 é considerada excelente para a função, devido à potência do cartucho. O “amigo” procura o alvo com um telêmetro ótico portátil::
Um rapaz (das Forças Especiais) às terças::
Efetivos do 662a Equipe de Controle de Movimentação, 25° Batalhão, 501a Brigada de Apoio do Exército dos EUA supervisionam o desembarque de canhões autopropulsados M109A6 Paladin na base militar de Camp Casey, República da Coréia, em 2007, para participar de exercícios de rotina das Forças dos EUA na Coréia (USFK).
Um rapaz (das Forças Especiais) às Terças::707th SOF
Certo, certo… Não é terça… Mas compenso com um time completo de atiradores de escol sul-coreanos. Trata-se da Batalhão 707 de Forças de Operações Especiais. A especialidade dessa unidade do Exército da República da Coréia é o contra-terrorismo e atividades de controle de retaguarda. São todos militares profissionais, selecionados em unidades de forças especiais e comandos, com pelo menos 5 anos de carreira e treinamento em armas, táticas e artes marciais. Também devem ser atiradores particularmente habilidosos. Esse grupo exibe o “fuzil de tiro especial” SSG 69 (Scharfschützengewehr 69), 7.62X51 NATO, de ferrolho, produzido pela empresa austríaca Steyr-Manlicher. Sinceramente… Esses caras parecem indefesos?::